N5, a seiva do banco do futuro 

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O setor bancário tradicional enfrenta um dilema estrutural: precisa agir com agilidade digital, mas está preso a infraestruturas tecnológicas obsoletas. Essa tensão se traduz em lentidão para inovar, dificuldades de integração, altos custos operacionais e, por vezes, uma experiência insatisfatória para o cliente. 

Enquanto isso, fintechs e neobancos avançam rapidamente, ganhando cada vez mais espaço no mercado. 

Sistemas Legados 

Os bancos tradicionais herdaram sistemas usados há décadas, atualizados parcialmente em alguns casos, mas que não conseguiram escapar da obsolescência. 

As soluções parciais muitas vezes se sobrepõem, se anulam ou geram erros, criando desafios de compatibilidade. No longo prazo, isso enfraquece a capacidade de construir um ecossistema harmônico, ordenado em prol de um objetivo comum. 

O sociólogo Herbert Spencer afirmou no século XIX que uma sociedade é como a cópia de organismos vivos. Essa metáfora permitiu à humanidade repensar as comunidades — e uma organização financeira é uma delas. 

Apoiados na clareza de Spencer, vamos escolher uma metáfora para entender o funcionamento da banca e os desafios que a incorporação de tecnologia inovadora apresenta: suponhamos que a banca tradicional seja uma árvore. 

Grande parte dos inconvenientes da fusão entre os sistemas legados e os novos, como na biologia vegetativa, se evidencia nos diferentes ramos. Ramos que sucumbiriam à entropia natural se não recebessem uma solução integral, um ecossistema harmônico. Essa solução só pode ser alcançada no nível da raiz. 

Se a organização encontrar um conflito em um ramo — nos sistemas integrados —, pode sentir-se tentada a anular esse ramo ou eliminar o sistema inovador. Mas, se fizer isso, não conseguirá atualizar suas soluções legadas e acabará interrompendo os frutos que esse ramo poderia gerar. A distância entre a produtividade possível e a produtividade real estaria destinada a crescer inexoravelmente. 

Como uma árvore 

A árvore retira os nutrientes do solo. A raiz é responsável tanto por absorvê-los quanto por conduzi-los até o ponto mais distante de seu ser. Por isso, não é recomendável ir adicionando novas soluções independentes. Pelo contrário, é necessário atualizar por meio de uma solução única, capaz de conciliar as diferenças e extrair o máximo de cada nova incorporação, sem interromper o funcionamento dos sistemas legados. 

Pensar em eliminar essa solução para evitar a incompatibilidade entre sistemas seria o mesmo que podar a possibilidade de gerar muitos outros frutos. 

Ao contrário disso, se algo precisa ser transformado para que tudo funcione da melhor forma, isso deve acontecer no nível da raiz. De modo que uma única seiva alimente cada parte. O que mais seria a seiva senão o sangue vegetal que oxigena e nutre os galhos, as flores e os frutos, apenas por circular? Essa dinâmica — que poderia ser um programa inteligente e orgânico — acontece tanto em uma árvore quanto em uma organização. 

A partir de uma raiz efetiva, firme, mas flexível, emerge a coordenação de todas as soluções. 

A N5 é para o setor bancário o que a seiva é para a árvore. O profundo conhecimento das necessidades de cada cliente, somado à adaptação das ferramentas de inovação, se combinam em harmonia. E a árvore cresce, dando frutos em abundância. O setor bancário opera com unidade, sinergia e coerência — e cresce, enquanto supera seus próprios limites. 

A metáfora pode parecer idealista. Mas, quando olhamos microscopicamente para a nossa árvore, as soluções se tornam evidentes. 

O que a N5 oferece para cada problema? 

  1. Diante da rigidez tecnológica, oferece uma plataforma modular que atua como middleware entre o core e as aplicações modernas. Isso não implica a substituição imediata do core. 
  1. Diante da lentidão na integração entre o core e as novas tecnologias, oferece APIs abertas e seguras, com conectores pré-configurados para fintechs e terceiros. 
  1. Diante do longo time-to-market, oferece um motor de produtos configurável sem necessidade de código, reduzindo de meses para dias os prazos de novos lançamentos. 
  1. Para as limitações em IA, centraliza dados e o motor analítico em tempo real, além de oferecer automação inteligente. 
  1. Para os altos custos operacionais, automatiza processos e elimina tarefas manuais, reduzindo significativamente o custo de operação. 
  1. Para neutralizar o conservadorismo e seus receios, opera com uma abordagem de transformação progressiva e modular, que gera quick wins sem tocar inicialmente no core. 
  1. Para evitar experiências negativas dos clientes, disponibiliza uma plataforma omnicanal que unifica a experiência do cliente e reduz fricções operacionais. 
  1. Para o armazenamento de informações, consolida dados de múltiplos sistemas e proporciona uma visão integral do cliente. 
  1. Em termos de exclusão de ecossistemas, possui capacidade de interoperar com APIs e ecossistemas de Open Banking, com segurança e agilidade. 

A N5 é uma resposta orgânica e evolutiva, pensada especificamente para cada cliente. Uma solução que dá vida a tudo em geral — e a cada milímetro da organização, em particular. E faz isso a partir da raiz do que já existe, mas nutrida com o novo. Tudo isso orientado a um fim de excelência… a ramos que, sim, darão frutos em abundância. 

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