Fran Muñoz: aprendizagem e transformação em CEO da Fintech

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Aprendendo a obter o melhor de cada experiência com Fran Muñoz

Hoje no N5 CIZ teremos a oportunidade de conhecer a vida enriquecedora de Fran Muñoz, desde seu início na área de recursos humanos até se tornar CEO e chefe de fintechs brasileiras.

A seguir, você verá os principais pontos da entrevista, desde como sua família passou pelo choque cultural ao se mudar da Espanha para o Brasil até o que aprenderam com cada um de seus superiores. Também veremos a importância de definir prioridades e o valor de fazer o melhor em cada situação.

Mesmo assim, recomendamos que você assista ao vídeo na íntegra para não perder uma palestra repleta de experiências valiosas.

Início de Fran Muñoz

No início, Fran Muñoz não tinha planos de estudar administração de empresas. Na verdade, ele começou a estudar engenharia industrial. No entanto, chegou o momento em que viu que isso não era o que ele fazia e que passaria anos sem terminar a graduação, então se inclinou para as ciências de negócios.

Quando estava começando no mundo dos negócios, Fran criou uma empresa chamada Ares Padel, que se dedicava à venda de raquetes para esportes. No entanto, acabou deixando-o – decisão da qual se arrependeria mais tarde – para começar a trabalhar como funcionário em diferentes empresas.

Começou na área de recursos humanos, mas depois encontrou a oportunidade de entrar no mundo financeiro com o BBVA. Algum tempo depois, passou a fazer consultoria de risco e acabou ingressando no grupo Santander. Ele está atualmente no Brasil e é CEO de uma fintech e responsável por outra – o que se torna ainda mais importante quando levamos em consideração que o Brasil é o país que mais cresce na América Latina em termos de fintech.

Choque cultural e seus benefícios

Quando Fran começou a trabalhar no Brasil, ele e sua família – que veio da Espanha – passaram por um grande choque cultural. Isso é algo que Fran assinala como positivo e considera que abriu sua mente.

Fran valoriza muito a diversidade da região. Ele acredita que sua família teve a oportunidade de aprender muito com esse choque de culturas. Sobre isso, Fran conta uma anedota que parecia especialmente importante para ela.

Na Espanha, seus filhos conheceram os sábios mais ou menos como todos os conhecem – o de barba branca, o de barba ruiva e o de pele morena. Poucos sabem os nomes, mas a maioria pode distingui-los dessa forma.

No entanto, um dia, quando perguntou ao filho qual dos sábios era o seu favorito, ele respondeu que era ele que não tinha barba. Em vez de notar a pele morena, como a maioria faria, ele notou a ausência de barba. Essa é a importância de estar exposto à diversidade – especialmente quando se trata de homens.

Cada encontro é uma oportunidade de aprender

Fran Muñoz conta como as diferentes experiências pelas quais passou ao longo de sua vida trabalhando para diferentes pessoas o enriqueceram.

Uma dessas experiências ocorreu enquanto trabalhava no caixa. A certa altura ele quis ir ao banheiro, mas quando estava prestes a ir, seu chefe chegou e o parou até que atendesse uma pessoa que estava esperando na fila. Fran conta como essa experiência lhe ensinou a enorme importância do atendimento ao cliente.

Ele também cumpriu o serviço militar, o que lhe ensinou o valor da precisão na comunicação, pois seu dever era fornecer coordenadas exatas. Ele aplicou um pouco dessa disciplina em outra de suas funções, que exigia que os funcionários limpassem suas mesas no final do dia – algo que ele continua a fazer hoje para mantê-lo afastado.

Ao longo de sua carreira, vários chefes o ajudaram e lhe ensinaram várias lições, como o valor da leitura do clima nas reuniões – algo que ele continua trabalhando – ou a importância da humildade mesmo com quem começou.

 

Por que duvidar de si mesmo pode ser contraproducente?

 

A certa altura da entrevista, Julian Colombo lhe faz uma pergunta característica, e é isso que Fran considera ser o erro que mais o marcou.

Fran comenta que algo que considera um grande erro foi ter desistido cedo de sua primeira empresa, a Ares Padel. Ele vê como aquela empresa poderia ter desfrutado de muito crescimento hoje.

 

No entanto, naquela época não era. Naquela época ele ainda não confiava muito em si mesmo e tinha dúvidas sobre a empresa. O que, como veremos nas edições futuras do N5 CIZ, é algo comum no passado de muitos CEOs.

Fran também menciona que negligenciar a família pode ser um grande erro. Às vezes, ficamos tão focados no trabalho que esquecemos de passar o tempo com a família. É por isso que ele agora faz questão de sempre encontrar tempo para ficar com sua família e aproveitar cada momento.

Sobre sua família, Fran comenta o quão feliz a felicidade de seus filhos a deixa. É o que o faz se sentir realizado.

Como um CEO gerencia seu tempo?

Uma das coisas que Julián nota sobre os CEOs em geral é que eles geralmente não têm alguém que lhes dê o tom, portanto são eles próprios que sempre devem saber como se organizar. Fran comenta que, quando você tem responsabilidades, geralmente está sozinho, e é por isso que deve ter o hábito de identificar prioridades. Para separar o urgente do importante.

 

No caso dele, embora tenha uma carga horária pesada, também encontra tempo para diversas atividades recreativas. Fora de sua vida profissional, ele gosta de ler livros de fantasia, filosofia e, ultimamente, notícias tecnológicas.

 

Ele também gosta muito de praticar esportes. Ele já correu várias maratonas, cavalgou, esquiou e velejou de vez em quando e até encontra tempo para jogar golfe e futebol ocasionalmente.

Ele até aprendeu a tocar baixo e conseguiu entrar em uma banda com a qual acabou tocando no palco pela primeira vez.

Fran comenta que, se não fosse por manter um registro firme, ela não teria sido capaz de fazer todas essas coisas que se propôs a fazer. Sem dúvida, desenvolver uma disciplina férrea e inabalável para não perder a constância é mais um dos desafios que os CEOs enfrentam.

Dicas para jovens que querem ir longe

Ao final da entrevista, Julian está interessado em saber que conselho Fran daria aos jovens que um dia desejam estar em seu cargo.

A isso, Fran responde com algo que ele mesmo aprendeu trabalhando durante anos no setor e relacionando-se com novas culturas: a importância da humildade. Independentemente do ambiente ou das pessoas, a humildade é algo que não pode ser perdido.

Ele também aconselha os jovens a não se esquecerem de que podem aprender o tempo todo. Eles devem estar sempre renovando seus conhecimentos. Pode parecer difícil, mas com constância tudo é possível.

Pessoas que querem ir longe precisam necessariamente ter objetivos. Chegue a um determinado cargo, crie uma empresa ou vá morar em outro país. Por exemplo, Fran agora tem o objetivo de fazer sua empresa crescer e ser reconhecida no mercado brasileiro. Você busca o sucesso, mas também deseja felicidade para seus filhos, e um de seus principais objetivos é desaprender e reaprender.

Fran gostaria de ser lembrada como alguém que transformou as pessoas ao seu redor. Ele quer que eles pensem nele e digam “ele era uma boa pessoa”.

Conclusões

Fran percorreu um longo caminho desde o início dos estudos de administração de empresas. Sua carreira nos deixa lições valiosas a considerar:

  • Com paciência e perseverança você vai longe. Fran passou por vários cargos e funções até chegar onde está hoje.
  • O choque cultural acaba sendo benéfico porque abre nossa mente para novas formas de ver as coisas que vão além do que estamos acostumados.
  • Cada experiência nos deixa algo valioso para aprender. Cabe a nós pegar uma coisinha de cada lado e aplicá-la em nossas vidas.
  • Às vezes é fácil duvidar de nós mesmos. Muitas vezes, porém, somos mais do que capazes de alcançar o que nos propusemos a fazer e é apenas uma questão de continuar tentando.
  • Quando você está em uma posição importante, às vezes você não tem ninguém ditando o padrão. Nesses casos, é melhor saber separar o importante do urgente e agir com base nisso.
  • Constância, humildade e equilíbrio são coisas que não podem faltar. Não apenas como CEO, mas como pessoa.

 

Editorial: Marcelo Frette

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