Setor financeiro precisa saber usar IA de forma estratégica para gerar uma transformação sem precedentes

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Recentemente a Época Negócios publicou um artigo de opinão feito por nosso CEO, Julián Colombo, onde ele explora a importância vital da Inteligência Artificial (IA) no setor financeiro, destacando como sua adoção estratégica é fundamental para impulsionar uma transformação sem precedentes na indústria.

Te convidamos a ler na integra o artigo que oferece insights sobre como a IA pode ser um motor de inovação e eficiência, e ter uma visão mais aprofundada de como estamos na vanguarda da inovação tecnológica, liderando o caminho para um futuro financeiro mais inteligente e eficiente.

A implementação da Inteligência Artificial apresenta um vasto potencial e desbloqueia diversas oportunidades, contanto que seja direcionada para resolver questões concretas, e não apenas adotada isoladamente

 — Foto: Getty Images
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No cenário tecnológico do último ano, o tema mais debatido tem sido, sem dúvida, o avanço e a disseminação da Inteligência Artificial (IA), destacando-se também a Inteligência Artificial Generativa. Capaz de aprender padrões a partir de uma base de dados e reproduzir conteúdo a partir de um treinamento recebido, essa forma de IA promete revolucionar o setor financeiro. Uma pesquisa da Gartner reforça o interesse na adoção desta tecnologia, apontando que 92% das organizações preveem implementar IA até o ano de 2026, despontando como a principal tendência, seguida por IA Generativa, que representa 76%.

Essa incessante busca por uma direção comum, algo que frequentemente testemunhamos quando surge uma novidade – e agora, o foco está na IA –, levanta a reflexão sobre se não estaremos novamente envolvidos em uma corrida sem uma linha de chegada claramente definida, assim como tem sido e continua sendo a jornada da indústria financeira em direção à inovação e transformação digital. Anualmente, mais de US$ 650 bilhões são investidos em tecnologias por essas instituições. No entanto, devido à falta de compreensão do real desafio que precisam enfrentar e solucionar, como, por exemplo, a complexidade de seus sistemas legados, o progresso inovador ocorre de forma bastante lenta.

Percebo que a implementação da Inteligência Artificial apresenta um vasto potencial e desbloqueia diversas oportunidades, contanto que seja direcionada para resolver questões concretas, e não apenas adotada isoladamente. Observo que, frequentemente, sua aplicação se concentra em aspectos triviais, o que reforça minha convicção de que, semelhante à transformação digital, muitos ainda não compreendem plenamente o verdadeiro poder dessa tecnologia e como utilizá-la de maneira a potencializar o sucesso dos negócios.

A utilização da IA revela-se promissora em diversas áreas dentro do âmbito financeiro, como análise de dados, aprovação de crédito, segurança de informações sigilosas, análise de comportamento e satisfação do cliente, entre outros. Esta ferramenta potencializa a tomada de decisão, possibilitando que bancos, fintechs, traders e seguradoras analisem enormes quantidades de dados em tempo real, identificando padrões e tendências ocultas a olho nu, melhorando a capacidade de previsão em um mercado volátil. Já seu modelo generativo pode impulsionar o desenvolvimento de novos serviços financeiros, facilitando a inovação e a adaptação a novas demandas, alimentando uma tendência cada vez mais difundida no setor financeiro: a hiperpersonalização de produtos e serviços.

A experiência do cliente é um dos pilares fundamentais para o sucesso de qualquer empresa, e um dos diferenciais esperados por eles é justamente ter acesso a serviços personalizados e serem bem assistidos. Com estudos gerados com uma IA bem equilibrada, já é possível entender o comportamento e oferecer ofertas e serviços financeiros que atendam no detalhe a necessidade e preocupações de cada um.

Vivenciamos um período de aumento na inclusão financeira no Brasil. Enquanto, no passado, produtos e serviços financeiros eram personalizados para pessoas com maior poder aquisitivo, atualmente, a Inteligência Artificial generativa consegue não só selecionar produtos, mas também ter conversas educativas com clientes cuja renda impede a colocação de uma pessoa física para fazer isso.

A entrada da IA e a demanda por produtos cada vez mais personalizados na indústria financeira são tendências que obrigam todos a estarem atentos e caminhando para uma inovação certeira. O futuro é agora, e a revolução da IA está moldando o caminho para uma transformação sem precedentes no setor financeiro.

Reforço que, para que este investimento seja bem-sucedido, será fundamental que os líderes comecem a compreender claramente quais são os problemas reais que necessitam ser solucionados e onde a IA terá impacto, como gastos operacionais e capital.

*Julián Colombo é fundador e CEO da N5, empresa de software para indústria financeira.

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