Investimentos com Anibal Wadih, fundador do GEF Capital

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Aprendendo sobre investimentos e relacionamentos com Anibal Wadih
Hoje no N5 CIZ conheça Anibal Wadih, fundador da GEF Capital. Descubra sua vida, desde seu início humilde como filho de expatriados sírios até sua experiência em tomar decisões de alto impacto para uma grande empresa de investimentos no Brasil.
Qual é a coisa mais importante que você busca nos empreendedores em que vai investir? Qual é o lema que você usa para tomar todas as decisões em sua empresa? Como você quer mudar o mundo para melhor?
Aqui estão os pontos principais e as lições mais valiosas da entrevista. Mesmo assim, recomendamos que você assista ao vídeo completo para não perder uma palestra repleta de experiências de superação e dicas para empreendedores.

Lições de “The Owl”: como começar como um empreendedor do zero

No início da entrevista, Aníbal conta como começou como filho de imigrantes sírios. Desde muito jovem se viu em posições em que teve que “abrir as asas”, deixando sua mãe para estudar Engenharia em Caracas. Seria a primeira que várias vezes ficaria sozinho em lugares desconhecidos.
Enquanto estudavam lá, passaram a conhecê-lo como A Coruja, “não tanto por causa do conhecimento”, como Aníbal esclarece, mas porque ele mal dormia. Na verdade, ele conta que quando jovem era um menino que fazia de tudo, o tempo todo Sempre havia algo em sua mente.
Foi esse espírito de aperfeiçoamento e essa vontade de saber mais que mais tarde o levou a estudar em Nova York. A essa altura já havia trabalhado como engenheiro em várias multinacionais, mas foi na cidade grande que acabou incorporando também ao repertório os estudos de finanças.
Como um expatriado solitário, ele tinha que se defender sozinho toda vez que se mudava. Nesse sentido, podemos perceber como manter uma atitude positiva diante do desconhecido foi fundamental para a adaptação.

Faça ou não faça

Ao longo de sua semana, Anibal Wadih tem todas as obrigações que você esperaria de um CEO. Ele administra a empresa, tem conversas com investidores e passa por várias reuniões com os diferentes conselhos.
Sua empresa administra sob a máxima: Faça ou não faça. Não há tentativa. É uma frase tirada de Star Wars que se tornou uma forma de fazer negócios e que está impressa na parede de seus escritórios. Isso significa que para ele não há “tentar”, deixando as coisas pela metade. Uma vez que algo é proposto, ele termina com decisão.
É preciso determinação para administrar um negócio. Não há “tentar”, apenas fazer.
Apesar do trabalho de administrar uma empresa, Anibal ainda encontra tempo para ter uma vida ativa fora do profissional. Ele pratica esportes, corre, sai com os amigos – o que ele chama de meditação social – e até encontra tempo para escrever seus próprios livros!
Na verdade, deixamos aqui seu último livro Reflexões de uma coruja em quarentena, uma coleção de contos fascinantes que certamente irão interessá-lo.

O que procurar antes de investir?

Antes de decidir investir em uma pessoa, Anibal diz que passa de 6 meses a um ano para conhecê-la. É um longo processo que permite entender como é o indivíduo e se ele é um bom candidato para investir.
Você já teve associações fracassadas no passado. Desde então, ele só procura pessoas que passaram pelos problemas que ele tem que resolver. Que ele os viveu. Só então você sente que essa pessoa será capaz de realizar seu objetivo.
Além disso, ele dá muita atenção à atitude da pessoa na hora de dar crédito. Se a pessoa ao invés de entender as conquistas como um esforço de equipe só dá crédito a si mesma isso já a faz se distanciar um pouco. Ser líder implica ter equilíbrio, não se deixar levar e nem acreditar em todos.

Um grande erro: desistir cedo

A certa altura da entrevista, Julián Colombo pergunta a Aníbal qual foi o maior erro de sua juventude: aquele que o marcou em sua carreira.
Anibal conta como na juventude formou uma empresa com alguns sócios chamada VIP-VIP. Tratava-se de um serviço de entrega motorizada que tinha convênios com diversos restaurantes para obtenção de comissão. Podemos vê-lo como um precursor de muitos dos aplicativos de entrega de hoje.
No entanto, ele logo descobriu que administrar uma empresa de veículos motorizados não seria fácil. Os problemas começaram a surgir: desde dificuldades técnicas com os veículos até problemas criminais. No final, tentar manter tudo à tona se transformou em um pesadelo organizacional
Anibal acabou deixando a empresa de lado, porém considera que se tratou de um erro de vencimento. Para ele, naquela época ele desistiu muito cedo.

CEO é pago para trazer novas ideias

Quando Julian Colombo pergunta a Anibal como se sente no dia a dia da empresa, ele responde que adora o trabalho. Você está em uma posição em que as decisões que toma são pesadas.
O que é mais emocionante do que isso?
Para ele, é como um jogo de futebol. Às vezes a bola passa para ele do outro lado, às vezes ele passa e ninguém recebe, às vezes ele cai e tem que parar para continuar jogando. Trata-se de um trabalho de equipe em que todos tomam decisões na mesma direção.
O que Anibal mais gosta, no entanto, é aprender: tanto com os livros e experiências quanto com seus principais parceiros – com quem tem encontros regulares. Além disso, gosta de interagir com pessoas influentes no setor, participar de think-tanks e entrevistar pessoas interessantes. Desses casos, ele comenta que às vezes “não é o aluno que aprende, mas o professor”. Sempre há novas oportunidades de aprender, e ele não perde nenhuma 1.
Para Anibal, o CEO deve estar em constante aprendizado É o seu trabalho. Julian concorda com ele e acrescenta que “o CEO é pago para trazer novas ideias”. Esta é uma posição onde a inovação é uma prioridade. Você nunca aprende o suficiente.

Redescubra o normal: a experiência de ser um expatriado

Para a Anibal, viver em 3 países diferentes foi uma experiência enriquecedora. Posso experimentar coisas comuns sob uma nova lente. Ele se viu redescobrindo coisas normais, como comprar pão ou pagar pelo telefone.
A isso Juliano comenta que vê o que chama de “os laços dos expatriados”. Isso significa que toda vez que você tem que começar do zero em um novo país, você tem que enfrentar novos desafios que estão interligados.
Casos em que, por exemplo, querer fazer algo tão simples como contratar uma linha telefônica implica primeiro ter que abrir uma conta em banco, o que por sua vez acarreta mais condições.
É um laço que se renova a cada novo país que se visita.

Dicas para empreendedores e futuros CEOs

Chegando ao final da entrevista, Julian pergunta a Anibal sobre suas recomendações para os jovens que desejam se tornar CEOs no futuro.
Por isso, Anibal comenta que para ele o empresário tem que ser otimista por natureza Ele tem que ser corajoso: mandar-se para fazer as coisas. No caso dele, veio de uma família que o levou a abrir as asas, a sair em busca da vida. Julián concorda com isso e compartilha uma frase que o marcou muito: a ignorância é a mãe da ousadia.
Você tem que sair e aprender, mas sem acreditar muito. Como comenta Anibal, a vida não é fácil e faz parte da vida não ser fácil. Nada vem sem trabalho. Como no futebol, você vai levar um chute, vai ter conflitos até com o seu próprio time, mas vai continuar aprendendo. É uma posição que implica grandes desafios e é preciso estar preparado para enfrentá
No caso de Anibal, ele ainda está no jogo. Um de seus maiores objetivos hoje é ajudar a resolver os problemas climáticos mundiais. Ele quer ser lembrado como um humano que ajudou, independentemente do dinheiro.

Conclusões

Anibal é uma pessoa que percorreu um longo caminho desde o início e tudo graças ao seu trabalho árduo. Esta é uma recapitulação das principais lições da entrevista:

  • Não importa de onde você vem ou onde mora, mas o esforço que você faz para alcançar seus objetivos
  • Não apenas “tente”. Faça ou não faça.
  • A ideia por trás de uma empresa é tão importante quanto o talento que a dirige.
  • Se você acredita no seu produto, vale a pena promovê-lo. Não cometa o erro de desistir cedo demais.
  • Nunca pare de aprender. Nem como funcionário, nem como CEO.
  • Às vezes, redescobrir o normal pode ser uma experiência enriquecedora.
  • Os empreendedores devem ser otimistas por natureza, mas tome cuidado para não cruzar os limites do orgulho excessivo.

Editor: Marcelo Frette

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