A regulamentação para Universal Life abre um novo capítulo para seguradoras e consumidores.
Não é novidade que o mercado de seguros no Brasil vem passando por uma transformação — esse processo já tem alguns anos de história. Entretanto, em 5 de novembro de 2025 foi aprovada a Resolução CNSP nº 484 para o Seguro de Vida Universal, conhecido como Universal Life, marcando um ponto de inflexão para toda a indústria.
A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) abre assim as portas para grandes mudanças para seguradoras, distribuidores e consumidores, impulsionando um modelo mais moderno e flexível.
O que é o Universal Life e por que ele é tão relevante?
Em mercados como o dos Estados Unidos, esse produto existe há bastante tempo. Pode ser descrito como um seguro que combina, simultaneamente, proteção e construção de patrimônio.
O Universal Life é composto por:
- Uma cobertura de seguro de vida tradicional, que cobre riscos como morte ou invalidez.
- Uma reserva financeira, que se acumula ao longo do tempo. Parte do prêmio é destinada a essa reserva, que o cliente pode utilizar para pagar prêmios futuros, resgatar ou usar como fonte de liquidez.
Essa estrutura permite um produto muito mais flexível do que o seguro de vida tradicional — e essa flexibilidade é justamente o motor da nova regulamentação do mercado brasileiro.
As mudanças mais relevantes da nova regulamentação
Entre as inovações mais significativas, destacam-se:
- Isenção de aprovação prévia do produto em determinados casos.
- Maior clareza para o consumidor sobre seu funcionamento.
- Redução dos prazos mínimos dos contratos.
- Permissão para aportes extraordinários, aumentando a flexibilidade do cliente.
- Maior liberdade na composição da reserva financeira, que poderá ser vinculada a índices como o CDI ou a rentabilidades de carteiras de investimento.
No entanto, algumas dúvidas permanecem na esfera tributária: ainda não está claro como serão tributados os valores acumulados e os resgates.
Impacto para seguradoras, mercado e consumidores
Para as seguradoras que se movimentarem agora, a oportunidade é evidente: poderão se posicionar anos à frente desenvolvendo produtos mais inovadores, que combinem proteção e acumulação.
Para o mercado brasileiro, essa regulamentação tende a impulsionar fortemente a demanda por seguros de vida, ainda baixa no país.
Para os consumidores, significa mais oferta, mais flexibilidade e um avanço importante na planejamento financeiro pessoal.
Os desafios operacionais e de educação financeira
O novo cenário traz desafios importantes:
- Será necessária maior educação do consumidor, dada a maior complexidade do produto.
- No nível operacional, seguradoras e distribuidores precisarão se adaptar para gerenciar simulações, aportes extraordinários e resgates.
- Será indispensável contar com tecnologia capaz de administrar produtos mais complexos de ponta a ponta.
Não basta atualizar um processo: é necessário modernizar todo o fluxo de vida do produto, integrando governança, políticas, limites comerciais, simulações atuariais, regras regulatórias e dados essenciais.
N5: tecnologia preparada para o Universal Life
Na N5, já nos antecipamos a esse movimento. Contamos com uma solução completa para produtos Universal Life, que integra tudo o que é necessário em uma única ferramenta, flexível e conectada aos sistemas core das seguradoras.
A regulamentação do seguro de vida universal no Brasil marca um novo momento para o setor. Representa um avanço que abre espaço para a inovação, mas que também exige preparação técnica, clareza regulatória e investimento em tecnologia.
Se você quer entender melhor como a tecnologia da N5 pode facilitar essa transição,

