Entenda por que a confiança digital é o novo diferencial competitivo e como a Mastercard está liderando o combate à fraude com tecnologia e colaboração.
Durante o maior congresso de inovação da América Latina, realizado em Miami, a N5, em parceria com a Fintech Américas, produziu um podcast exclusivo para explorar ideias, tendências e pessoas que estão moldando o futuro financeiro global.
Neste episódio, Julián Colombo conversa com Eduardo Sanchez, Vice-presidente Sênior de Soluções de Segurança da Mastercard para a América Latina e Caribe, sobre os desafios da cibersegurança no ecossistema financeiro, o papel crescente da confiança digital e os investimentos massivos da Mastercard em tecnologia para proteger cada interação — não apenas as transações.
Engenheiro de formação, geek assumido e com passagens por consultorias e pelo Citibank, Eduardo está há 16 anos na Mastercard e lidera iniciativas que protegem mais de 3 bilhões de usuários e 200 milhões de pontos de aceitação no mundo todo.
Assista agora à entrevista completa:
Temas e insights do episódio
1. Protegendo não só transações, mas interações
Eduardo destaca que o conceito de segurança hoje vai além das transações financeiras. A Mastercard busca proteger cada ponto de interação — seja com bancos, fintechs ou varejistas — porque o comércio está se expandindo para além do ecossistema financeiro tradicional.
2. A assimetria entre atacantes e defensores
Com uma analogia futebolística, Eduardo explica que no jogo da cibersegurança, os fraudadores precisam marcar apenas um “gol” para vencer, enquanto as empresas precisam defender todos os ataques. A facilidade e o baixo custo para lançar ataques tornam o jogo desigual e exigem vigilância constante.
3. Confiança como pilar da economia digital
Usar um app de transporte ou pagar com cartão envolve um nível de confiança construído com base em tecnologia, regras claras e promessas de marca. Segundo Eduardo, a Mastercard trabalha diariamente para garantir que cada pagamento funcione com segurança — como se fosse entrar em um carro de um desconhecido e chegar ao destino com tranquilidade.
4. O mercado da fraude já é a 3ª maior “economia” do mundo
Com perdas estimadas em US$ 10 trilhões até 2025, a fraude digital é um mercado paralelo gigantesco. Eduardo alerta que, se fosse um país, o crime cibernético estaria atrás apenas de EUA e China em PIB. A Mastercard já investiu mais de US$ 10 bilhões em segurança nos últimos seis anos, entre inovações internas e aquisições.
5. O crescimento dos golpes e a urgência da educação
Eduardo chama atenção para o aumento de golpes como phishing, vishing (golpes por voz) e deepfakes. Ele compartilha casos em que criminosos simulam vozes de familiares para extorquir vítimas — e reforça que 70% a 80% dos ataques acontecem porque alguém clicou em algo indevido. A educação é tão essencial quanto a tecnologia.
6. Estratégia em camadas: da proteção global à individual
A Mastercard adota uma abordagem multilayer, com soluções como o “Safety Net”, que bloqueou US$ 50 bilhões em transações suspeitas nos últimos três anos. A proteção é pensada para todo o ecossistema, mas também pode ser customizada para instituições específicas.
7. Colaboração: a chave contra o cibercrime
Para Eduardo, combater o crime cibernético exige orquestração entre empresas concorrentes, governos, associações e forças de segurança. A colaboração público-privada é essencial para criar um ambiente digital seguro, onde todos remam na mesma direção — especialmente quando o inimigo comum é tão sofisticado.