N5 investe em inteligência artificial para aumentar vendas

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Com foco total na indústria financeira, empresa irá lançar em julho três ferramentas de Inteligência Artificial para o mercado de seguros

EXCLUSIVO – Um bom vendedor tenta entender o que o cliente precisa, para só depois oferecer um produto. Esta é uma premissa cada vez mais aplicada ao mercado de seguros global. Agora, a aplicação da Inteligência Artificial pode diminuir ainda mais a distância entre o que o cliente quer/necessita daquilo que a seguradora pode oferecer. Nesta jornada, a N5 entra com uma plataforma para combater a entropia tecnológica, conectando todas as aplicações das companhias em um lugar apenas.

Julian Colombo, CEO da N5, explica que a companhia é hiperverticalizada, para atender apenas empresas financeiras (bancos e seguradoras). Neste contexto, ele conta a experiência do mercado de seguros, que utiliza softwares velhos e diversos. “Concentramos tudo em um único lugar, em uma plataforma com cinco dimensões:

1º CRM – Customer Relationship Management, para atender clientes e prospects;

2º SPM – Sales Performance Manager, que cria uma forma de administrar os brokers e distribuidores;

3º OCM – Omini Channel Manager, que orquestra os canais de contato com os clientes;

4º BPM – Business Process Manager, é para que o cliente desenhe um processo e a plataforma reproduza-o;

5º EDA – Event Driven Arquitecture, com toda a base de dados.”

Julian Colombo ressalta que todas as peças são independentes e foram criadas para conversar entre si, para resolver a entropia tecnológica. “Há muitos sistemas legados para serem integrados. Se vendêssemos apenas para as empresas sem legados, estaríamos sem clientes”. Ele explica que mesmo os clientes mais novos já possuem desafios tecnológicos, porque o avanço é muito rápido. “Estamos falando de uma capa de integração para todas as tecnologias”, acrescenta.

A N5 possui clientes em toda a América Latina, Estados Unidos, Europa e Oriente Médio. Apesar dos países apresentarem características de comercialização e regulatórios diferentes, os desafios tecnológicos são similares.

Inteligência Artificial para o mercado de seguros

No dia 4 de julho, a N% deve lançar algumas soluções de Inteligência Artificial específicas para o mercado de seguros. “Nós pensamos que o mundo de seguros tem dois vetores diferentes de relacionamento entre o cliente e a companhia: um é o transacional e outro consultivo”, avalia Colombo. As pessoas, no mercado de seguros assim como em outras situações, em determinado momento querem ser atendidas por robôs, para agilizar os processos. Entretanto, em outros momentos elas desejam conversar com pessoas, capazes de fazer uma consultoria e que pense e assessore o cliente.

“Estamos lançando duas inteligências artificiais para aumentar dramaticamente a produtividade das seguradoras. Depois disso, lançaremos uma inteligência artificial para substituir os humanos menos produtivos”. Em um primeiro momento, a IA vai atuar junto com as pessoas para aprender com elas, o que faz, o que fala e o que responde. “Depois disso, pode haver uma substituição, mas não é simples, nem rápido. Depende de um planejamento minucioso”, adianta Colombo.

A N5 utiliza os princípios da Inteligência Artificial controlada, que atua com informações confidenciais com alto investimento em segurança. “Atuamos com mais de 70 empresas globais da indústria financeira. A Inteligência Artificial que utilizamos não busca informações na internet, mas nos dados de cada cliente. A IA precisa trazer informações específicas de cada cliente e também perceber, na conversa com o consumidor, as suas emoções e satisfação. Tudo isso leva tempo e conhecimento do mundo de seguros”, informa o CEO da N5.

A maior parte das companhias que criam soluções em tecnologia são especialistas em tecnologia. No nosso caso, partimos de um problema para a solução. Colombo acredita que algumas soluções de IA são quase como brinquedos, com enorme capacidade tecnológica, mas sem conhecimento do negócio. “Como faço para criar uma IA que ajude uma empresa a vender 53% mais? Neste momento, as empresas que estão participando dos testes fazem mais negócios a partir das primeiras 24h”, antecipa.

Como tendência, Colombo prevê que a entropia tecnológica continuará sendo um desafio. “Antes as informações tinham duas dimensões mas, com o Open Finance, os dados estão cada vez mais dispersos e com novos concorrentes”. Ele cita que 4% dos gastos das seguradoras será com a operação do Open Finance.

Além disso, os seguros embarcados são fundamentais para entrarem na vida dos consumidores no momento em que ele necessita. E, por último, a Inteligência Artificial para atender as quatro necessidades do mercado: aumento dos lucros, satisfação dos clientes, diminuição dos custos e mitigação dos riscos.

Revista de política Kelly Lubiato

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