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Durante o maior congresso de inovação da América Latina que aconteceu em Miami, a N5 junto a Fintech Américas realizou um podcast exclusivo para explorar ideias, tendencias e pessoas que estão transformando o futuro financeiro global.
Neste episódio, recebemos Maria Laura Palacios, CEO da G&L Group, para uma conversa inspiradora sobre inovação, cultura organizacional e os desafios de liderar na era da transformação digital.
Com mais de 30 anos de atuação no setor financeiro, María Laura compartilha os aprendizados que mantêm sua empresa relevante em um mercado em constante mudança. Falamos sobre a importância da inquietude como motor da inovação, a construção de parcerias estratégicas, a adoção inteligente de tecnologias como inteligência artificial e o papel essencial da atitude em times de alta performance.
Confira agora mesmo a entrevista na integra:
Temas e Insights do episódio:
1. Trajetória da G&L e o segredo da longevidade
A G&L Group atua há 30 anos no mercado de tecnologia para o setor financeiro. Para María Laura, o segredo dessa longevidade está na “inquietude constante” da empresa — uma cultura de nunca se acomodar, mesmo tendo mercado e posicionamento consolidados. Essa postura de estar sempre se reinventando é o que permitiu à G&L manter sua relevância em um setor em constante transformação.
2. Transformação e legado no setor bancário
A empresa nasceu com foco em sistemas legados, especialmente para bancos tradicionais, e percebeu que muitos profissionais especializados nessas tecnologias estavam se aposentando. Como resposta, a G&L criou programas para formar novas gerações com conhecimento nessas tecnologias legadas, ao mesmo tempo em que os preparava para habilidades digitais. A empresa sempre trabalha com a mentalidade de que o que hoje funciona pode deixar de funcionar, e por isso é essencial estar um passo à frente.
3. Parceria estratégica com a N5
A colaboração com a N5 é vista como a união do melhor de dois mundos: um produto robusto e escalável com uma equipe experiente em implementação. Ambas as empresas compartilham um DNA voltado para o cliente, com forte empatia, comprometimento e a capacidade de “vestir a camisa”. Essa combinação é o que garante uma entrega de valor real ao cliente e diferencia as duas empresas no mercado.
4. Caso de sucesso: plataforma de pagamentos multipaís
Um dos projetos mais desafiadores citados foi o desenvolvimento conjunto de uma plataforma de meios de pagamento para sete países, com operação simultânea e compliance com as regras de cada mercado. O projeto exigiu forte coordenação, integração com bandeiras de cartão e adaptação às exigências regulatórias locais. Para María Laura, foi um exemplo claro de inovação e aprendizado constante.
5. Adoção de novas tecnologias e IA
G&L possui uma unidade de Pesquisa e Desenvolvimento ativa desde 2011. Atualmente, está fortemente focada em projetos com dados e machine learning, trabalhando diretamente com clientes para aplicar essas tecnologias. A estratégia envolve testar, errar, aprender e se adaptar rapidamente. A inteligência artificial é vista como um complemento essencial à operação, aumentando significativamente a eficiência e permitindo que as equipes foquem em decisões estratégicas.
6. Construção de times e cultura organizacional
A cultura da G&L valoriza a colaboração, inclusive entre empresas diferentes que atuam juntas em um mesmo projeto. Desde o onboarding, os profissionais são incentivados a trabalhar com visão de time ampliado. Essa mentalidade é essencial em projetos de grande porte, onde o sucesso depende da sinergia entre todos os envolvidos, independentemente da empresa de origem.
7. Estrutura organizacional e talento
Para María Laura, a estrutura organizacional precisa ser flexível e alinhada aos objetivos do momento. É preciso evitar estruturas rígidas que dificultam a adaptação. Na contratação de novos talentos, o principal critério observado é a atitude — pessoas proativas, com vontade de aprender, de propor ideias e que se sintam confortáveis com a mudança e a “incomodidade”. Conhecimento técnico é importante, mas pode ser aprendido; já a postura diante dos desafios é algo fundamental e difícil de ensinar.
8. Futuro e tendências na América Latina
A CEO aposta em um movimento de concentração de serviços, após anos de crescimento das fintechs. O mercado deve buscar cada vez mais soluções integradas, e a colaboração entre empresas especializadas será fundamental. A inteligência artificial será um pilar estratégico, especialmente como ferramenta para ganho de eficiência — algo cada vez mais determinante para a competitividade.
9. Conselho de carreira para profissionais experientes
O conselho final de María Laura é simples, mas poderoso: não ter medo. Ela destaca que é comum focar no que nos falta, mas que o mais produtivo é focar no que já se tem e construir a partir disso. Dizer “sim” aos desafios, mesmo sem ter todas as respostas no início, é essencial. O importante é ter coragem para se comprometer e construir o caminho com confiança.
