O Futuro dos bancos: Como Equilibrar Tecnologia e Humanização, segundo Julián Colombo, CEO da N5
Durante o maior congresso de inovação da América Latina que aconteceu em Miami, a N5 junto a Fintech Américas realizou um podcast exclusivo para explorar ideias, tendencias e pessoas que estão transformando o futuro financeiro global.
Neste episódio, Julián Colombo, CEO e fundador da N5, trouxe reflexões profundas sobre o futuro da indústria financeira, destacando a importância da humanização nas relações bancárias, a aplicação consciente da inteligência artificial e o papel crucial da inclusão financeira.
Confira agora mesmo a entrevista na integra:
Temas e Insights do episódio:
1. Transformação Digital vs. Relação Humana
A digitalização bancária priorizou tradicionalmente processos transacionais, negligenciando a relevância do assessoramento humano em decisões complexas, como investimentos e hipotecas. Julián defende que o futuro da indústria depende de uma integração mais profunda entre tecnologia e interação humana, visão que norteia a atuação da N5.
2. Visão Estratégica para Bancos e o Papel da N5
Bancos tradicionais seguem relevantes devido aos complexos ecossistemas em que estão inseridos, impossíveis de serem completamente substituídos por soluções 100% digitais. N5 atua como parceira estratégica dos bancos, aproveitando seu profundo conhecimento do setor para elevar a experiência do cliente e otimizar a eficiência operacional.
3. Empreendedorismo Baseado em Conhecimento Profundo
Julián Colombo, ex-executivo de bancos renomados como o Santander, enfatiza que decidiu empreender com a N5 pela vantagem competitiva advinda de seu profundo conhecimento do setor bancário. Ele aconselha empreender apenas se houver paixão, resiliência e propósito claros, dada a dificuldade inerente ao caminho empreendedor.
4. Inteligência Artificial com Propósito
Colombo critica a simplificação da IA a chatbots ou soluções superficiais. Para ele, a IA deve potencializar capacidades humanas, transformando pessoas em verdadeiros “comandantes” das inteligências artificiais, não meros usuários. Ele prevê uma disrupção profunda causada pela IA, ainda mais impactante que a introdução do automóvel.
5. Inclusão Financeira como Missão
Mais de 100 milhões de pessoas permanecem excluídas do sistema financeiro global. Colombo destaca a importância da educação financeira, tecnologias disruptivas (como o Pix no Brasil) e uma regulamentação inteligente para reduzir essa exclusão. A N5 compromete-se em facilitar o acesso e melhorar a eficiência dos serviços financeiros, contribuindo também para aprimorar a vida profissional dos próprios banqueiros.
6. Modelo de Negócio e Cultura Organizacional da N5
Desde sua fundação, a N5 optou por um modelo 100% remoto, reunindo talentos de mais de 70 cidades. Para manter qualidade ao escalar, implementou uma rede seletiva de parceiros estratégicos com integradores de ponta, como Capgemini. Sua cultura enfatiza autonomia, compromisso e especialização extrema em serviços bancários.
7. Vantagem Competitiva Única
A especialização profunda na indústria financeira é o grande diferencial da N5. Com uma equipe cuja experiência média é de 11 anos no setor bancário e uma atuação exclusivamente voltada ao mercado financeiro, a empresa acumula reconhecimentos internacionais graças ao seu compromisso técnico e foco absoluto no cliente.