55% dos bancos acreditam que seus sistemas legados são um obstáculo para a transformação digital

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Em um mundo em que a inteligência artificial recompensa quem entende seus dados e sua história, os bancos têm a oportunidade de transformar seu passado em sua maior vantagem.

Um dos maiores problemas do banco tradicional é sua incapacidade de inovar no ritmo exigido pelo mercado. As instituições podem ter acesso a talentos, capital, infraestrutura, mas ainda são limitadas por sistemas legados. O paradoxo é que o que antes era visto como um fardo agora pode ser uma vantagem.

Um artigo da IBS Intelligence indica que 55% dos bancos acreditam que os sistemas legados são o maior obstáculo para atingir seus objetivos de transformação digital.

É verdade que os sistemas legados dificultam a inovação dos bancos, pois são fragmentados, não se comunicam entre si e exigem manutenção constante. Ainda assim, eles são uma mina de ouro escondida, com milhões de transações, dados estruturados, categorias consistentes e comportamentos históricos.

Nessa linha, os sistemas legados (como também são conhecidos) possuem um acúmulo de dados e histórico do negócio e de seus produtos que as fintechs estão apenas começando a construir. Esse histórico lhes dá rastreabilidade, estabilidade regulatória e uma base sobre a qual implantar soluções de IA, sem começar do zero.

Como transformá-lo em vantagem?

A estratégia não deve ser a substituição de tudo o que é antigo, mas a construção em torno do legado: conectar-se por meio de APIs, mecanismos de regras, camadas de negócios que são suportadas por IA, BPM ou RPA, mantendo o que já funciona, mas enriquecendo-o.

O legado pode ser uma vantagem nesta era da inteligência artificial, desde que as implementações sejam lideradas por especialistas que entendam a complexidade dos sistemas bancários e saibam integrar o novo com o que já funciona. A tecnologia de hoje nos permite conectar sem substituir, e por isso, o histórico e os dados acumulados da instituição se tornam o combustível ideal para inovar com eficiência.

As instituições financeiras que adotarem essa abordagem poderão liberar recursos, reduzir riscos operacionais, melhorar o tempo de lançamento no mercado e desenvolver produtos hiperverticais que respondam melhor à demanda oportuna dos clientes.

A “vingança legada” redefine a inovação: não se trata de destruir o que funciona, mas de reconectá-lo com a inteligência. Em um mundo onde a IA recompensa aqueles que entendem seus dados e história, os bancos finalmente têm a oportunidade de transformar seu passado em sua maior vantagem.

*Por Julián Colombo, CEO da N5

A N5 pode transformar seus sistemas legados em um trampolim para a inovação.

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