Evento reuniu líderes empresariais e especialistas para discutir inovação, IA e o futuro da indústria financeira na América Latina
No dia 12 de dezembro, São Paulo sediou o 8º Seminário Internacional de Líderes Brasil–Argentina, um dos principais fóruns de diálogo entre executivos, empresários e representantes institucionais dos dois países. O encontro colocou em pauta os desafios e oportunidades da transformação tecnológica, com destaque para o papel da inteligência artificial na economia e na indústria financeira.
Em um cenário marcado por mudanças aceleradas, o evento reforçou a importância da cooperação regional, da troca de conhecimento e da construção de estratégias conjuntas para aumentar a competitividade da América Latina em um contexto global cada vez mais digital.
Transformação digital, IA e novos modelos produtivos
Ao longo dos painéis, líderes dos setores financeiro, tecnológico, industrial e do agronegócio convergiram em um ponto central: a transformação digital deixou de ser uma agenda futura e passou a ser uma prioridade estratégica imediata.
Foram discutidos temas como:
- o impacto da inteligência artificial na produtividade e na tomada de decisão;
- a necessidade de modelos regulatórios que acompanhem a inovação sem freá-la;
- e o papel da tecnologia como catalisadora de eficiência, inclusão e sustentabilidade.
Muitos participantes destacaram que Brasil e Argentina compartilham desafios estruturais semelhantes — e que justamente essa complexidade histórica pode se transformar em vantagem competitiva, desde que combinada com inovação e visão de longo prazo.
A indústria financeira diante de uma mudança estrutural
No debate sobre o setor financeiro, houve consenso de que a IA está promovendo uma mudança estrutural, e não apenas operacional. Executivos ressaltaram que bancos, fintechs e instituições financeiras precisam repensar processos, arquitetura tecnológica e, sobretudo, modelos mentais, para extrair valor real da inteligência artificial.
Também foi enfatizado que o uso responsável da IA — com foco em segurança, governança e ética — será decisivo para fortalecer a confiança dos clientes e garantir a sustentabilidade do setor no longo prazo.
A visão da N5: IA como mudança histórica
Nesse contexto, a participação de Julián Colombo, CEO da N5, ganhou destaque em uma conversa com Cecilia Luchía-Puig, na qual a inteligência artificial foi abordada sob uma perspectiva ampla e provocadora.
Para Colombo, a IA representa a mais relevante invenção da história da humanidade, por seu potencial de transformar não apenas a matriz produtiva, mas o próprio equilíbrio intelectual que organiza a sociedade.
“A inteligência artificial não muda apenas a matriz produtiva. Ela pode mudar o próprio ordenamento biológico da humanidade.”
A reflexão vai além do discurso tecnológico tradicional e alerta para a responsabilidade envolvida na criação de sistemas potencialmente mais inteligentes que os humanos — um tema que atravessa diretamente a indústria financeira, onde decisões automatizadas têm impacto real sobre pessoas, empresas e economias.
América Latina: resiliência como ativo estratégico
Outro ponto-chave da conversa foi o papel da América Latina como polo de inovação em ambientes complexos. Segundo Colombo, profissionais e empresas da região foram formados em contextos de instabilidade econômica, política e social — o que desenvolveu uma capacidade única de adaptação e criatividade.
Com a tecnologia reduzindo barreiras geográficas e de escala, essas competências ganham ainda mais valor. A região passa a ter condições reais de exportar soluções, conhecimento e inovação, inclusive para mercados mais maduros.
Inovação exige visão de longo prazo
Ao final, Colombo também destacou a importância de equilibrar inovação com fundamentos sólidos, mencionando o efeito Lindy — conceito que sugere que ideias e ferramentas que resistem ao tempo tendem a permanecer.
Para a indústria financeira, isso significa inovar com inteligência artificial sem perder de vista princípios essenciais como confiança, estabilidade, ética e foco no cliente.
A N5 como agente do debate sobre o futuro financeiro
A presença da N5 no 8º Seminário de Líderes Brasil–Argentina reforça o posicionamento da empresa como protagonista no debate sobre transformação tecnológica e inteligência artificial na indústria financeira.
Mais do que acompanhar tendências, a N5 acredita na importância de questionar, contextualizar e aprofundar as discussões sobre o impacto da tecnologia — contribuindo para um ecossistema financeiro mais eficiente, humano e sustentável.

